Situada no Douro, que constitui a mais antiga região demarcada do mundo e foi classificado pela UNESCO como Património Mundial, a Quinta dos Quatro Ventos parece um enorme jardim de areia japonês, com um simbólico pombal (representado no rótulos do vinho desta quinta) perdido na imensidão. Os terrenos desta quinta centenária faziam parte da Quinta das Figueiras – atual Quinta do Vesúvio – que pertenceu ao Conde da Lapa. Por volta de 1890 terá sido comprada pelo então Magistrado do Reino, Dr. José Maria Saraiva de Aguilar, quando era Procurador Régio em S. João da Pesqueira. Os seus descendentes mantiveram a propriedade até 1996. Três anos mais tarde os 150 hectares da Quinta dos Quatro Ventos foram adquiridos pela Aliança (que pertence agora ao grupo Bacalhôa), para a produção de vinhos do Douro. Em 2001 a Aliança alterou o nome da Quinta, conhecida por Quinta de Porto de Bois, por se situar no lugar de Porto de Bois, para Quinta dos Quatro Ventos, pelo facto da propriedade ter uma configuração côncava propícia a desenvolver fortes correntes de ar em todos os sentidos.
A propriedade tem uma área aproximada de 150 hectares. Faz parte de um vale profundo atravessado pela Ribeira da Teja. Os seus solos são xistosos, com alguns afloramentos graníticos que acrescentam complexidade, frescura e elegância aos vinhos. Os 45 hectares de vinhas situam-se em altitudes que variam entre os 200 e os 250 metros, numa zona de reduzida pluviosidade e grandes amplitudes térmicas, e têm plantadas as castas típicas da região: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca, Tinta Amarela, Alicante Bouschet e Vinhão